Grupo que movimentou R$ 52 milhões em contas 'laranjas' para lavar dinheiro de tráfico de drogas é alvo de operação no Paraná
15/04/2025
(Foto: Reprodução) Investigação mostrou que empresas de diversos setores também eram usadas para esconder origem do dinheiro. No total, são 13 mandados de prisão preventiva e 24 de busca e apreensão. São 37 mandados no total, de prisão preventiva e busca e apreensão.
PC-PR
Uma organização criminosa que movimentou R$ 52 milhões com tráfico de drogas, durante dois anos, é alvo de uma operação da Polícia Civil do Paraná (PC-PR), na manhã desta terça-feira (15).
Segundo a polícia, o grupo usa o sudoeste do Paraná como rota para distribuição das substâncias a outros estados. Para lavar o dinheiro, utiliza contas "laranjas" - abertas em nome de outras pessoas para ocultar a origem - e estabelecimentos comerciais.
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Os mandados judiciais serão cumpridos em Francisco Beltrão, Manfrinópolis e Três Barras do Paraná. Chapecó, em Santa Catarina, também está entre as cidades. No total, são 37 mandados:
13 mandados de prisão preventiva pelos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
24 de busca e apreensão
Também serão feitos sequestros de veículos e bloqueios de contas bancárias.
O resultado final da operação não foi divulgado até a publicação desta reportagem.
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Como foi a investigação
Em junho de 2023, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu cinco toneladas de maconha em um caminhão, em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, e um homem foi preso em flagrante.
Durante os dois anos de investigação, foi apurado que a droga estava relacionada a uma organização criminosa que adquiria drogas na área da fronteira. Em seguida, os entorpecentes eram levados até a zona rural sudoeste para, então, serem distribuídos para outros estados. De acordo com a polícia, Santa Catarina era o destino principal.
O dinheiro era movimentado em contas bancárias de familiares e de pessoas jurídicas. As empresas são de alimentação, entretenimento, produtos de beleza, hotelaria e transporte, todas sediadas em Francisco Beltrão. Duas delas são do chefe da organização.
Em fevereiro, cinco toneladas de maconha que estavam escondidas em meio a uma carga de farinha de trigo foram apreendidas, em São Paulo. Em março, o casal que comprou a droga foi preso em Goiás.
Em abril, em um caminhão de uma das empresas, a polícia encontrou 2,8 toneladas de maconha e uma pistola, em Minas Gerais.
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